
Moçambique atingiu uma taxa de cobertura nacional de 85% no acesso à água potável, mas as comunidades rurais continuam a enfrentar grandes desafios.
A Direcção Nacional de Abastecimento de Água alerta que esta média esconde desigualdades profundas, especialmente nas zonas mais remotas do país.
Durante uma auscultação pública em Nampula, a chefe do Departamento de Abastecimento de Água, Tereza António Muiguel, sublinhou que os avanços não foram suficientes para responder às necessidades da população rural.
“Hoje, o cidadão rural quer água na torneira, e não apenas bombas manuais”, frisou.
A regulamentação da nova Lei do Serviço Público de Abastecimento de Água e Saneamento, aprovada em 2024, está em curso.
Através de auscultações, o Governo pretende garantir um processo participativo que reflita a realidade das comunidades.
Para o governador de Nampula, Eduardo Abdula, que presidiu à abertura do encontro, a nova lei representa uma viragem no sector: “Reconhece a água como um direito fundamental e promove soluções justas e sustentáveis.”