
Quelimane — Numa manifestação carregada de simbolismo político e emoção popular, Venâncio Mondlane entoou em alto e bom som: “Queremos Araújo sóóó...”, numa clara homenagem ao edil de Quelimane, Manuel de Araújo.
O gesto foi interpretado como um apelo à unidade e à democracia, valores que ambos defendem numa altura em que Moçambique vive momentos de tensão política e repressão.
Num momento em que muitos se perguntam “o que faria Venâncio Mondlane se fosse Presidente?”, a resposta veio de forma contundente: não mataria opositores, não nomearia familiares para manipular instituições democráticas, nem sabotaria acordos de paz por caprichos de poder.
Mondlane fez questão de sublinhar que o seu compromisso seria com a vida, com a justiça e com o Estado de Direito.
Manuel de Araújo, mesmo em missão fora do país, mostrou mais uma vez o seu respeito pelo instituto da democracia.
Determinou o encerramento do Município de Quelimane por três dias em solidariedade a Joel Amaral (MC Trufafa), vítima de um atentado político.
Além disso, ordenou que Venâncio fosse recebido com toda a dignidade que merece, reconhecendo o amor e a esperança que o povo deposita em líderes que colocam Moçambique em primeiro lugar.
A atitude de Araújo e a presença de Mondlane nas ruas de Quelimane foram aplaudidas por cidadãos que clamam por justiça, por um país onde se possa pensar diferente sem medo de represálias.
O acto também foi um exemplo de tolerância política, demonstrando que a diversidade de pensamento é a base de qualquer sociedade democrática.