Trump propõe fechar 30 embaixadas e consulados, metade em África, para cortar orçamento externo

Trump propõe fechar 30 embaixadas e consulados, metade em África, para cortar orçamento externo

O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a ponderar uma redução drástica da presença diplomática norte-americana em todo o mundo, com uma proposta que inclui o encerramento de cerca de 30 embaixadas e consulados. Mais da metade dessas representações estão localizadas em países africanos.

Segundo um documento interno do Departamento de Estado, citado pelo portal Africanews, entre os países africanos que podem perder as suas embaixadas ou consulados norte-americanos estão o Lesoto, Eritreia, República Centro-Africana, República do Congo, Gâmbia e Sudão do Sul. 

Além disso, os consulados em Durban, na África do Sul, e Douala, nos Camarões, também estão incluídos na lista de cortes, com a possibilidade de que as responsabilidades diplomáticas sejam transferidas para missões em países vizinhos.

A proposta de Trump faz parte de um plano mais amplo para cortar o orçamento do Departamento de Estado em quase 50% e reduzir a ajuda externa em aproximadamente 75%, sob o argumento de que é necessário racionalizar as operações governamentais e conter os gastos federais.

Contudo, esta intenção tem gerado fortes críticas. Especialistas e analistas em relações internacionais alertam que a redução da presença diplomática dos EUA em África pode enfraquecer a influência americana no continente, numa altura em que potências como a China intensificam sua presença económica e diplomática. 

Também há receios de que o corte possa prejudicar parcerias estratégicas, a cooperação económica e os esforços de promoção dos valores democráticos.

Além da África, o plano contempla o encerramento de embaixadas em países europeus como Malta e Luxemburgo, bem como a eliminação de consulados em várias cidades na Europa e na Ásia, sinalizando uma transformação significativa na abordagem diplomática norte-americana.

O debate sobre a proposta continua a ganhar força tanto nos círculos políticos como na comunidade internacional, que observa atentamente os potenciais impactos de uma retirada diplomática em larga escala dos EUA. (O País)

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