Trump impõe tarifa de 125% à China, mas isenta México e Canadá de nova taxa de 10%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (09) um novo aumento das tarifas sobre produtos chineses, que passam de 104% para 125%. 

A medida foi divulgada através de sua rede social, a Truth Social, e já está em vigor. Segundo Trump, trata-se de uma resposta à "falta de respeito" da China pelos mercados globais.

Apesar da ofensiva contra Pequim, Trump decidiu não aplicar a nova taxa de 10% às importações do México e do Canadá, países que optaram por não retaliar economicamente os EUA. 

“Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período”, afirmou o presidente.

Trump também comentou que diversos líderes mundiais têm telefonado para negociar acordos, elogiando a atitude dos que preferem o diálogo. 

No entanto, voltou a criticar o presidente chinês, Xi Jinping, dizendo que ele “quer um acordo, mas é orgulhoso demais”.

A guerra comercial iniciada pelos EUA provocou reações imediatas. A China retaliou com novas taxas sobre produtos norte-americanos, enquanto a União Europeia prepara medidas semelhantes. As bolsas asiáticas registraram quedas significativas nesta quarta-feira, refletindo a tensão global.

A Coreia do Sul, diretamente afetada pela sobretaxa de 25% sobre automóveis, anunciou um pacote de apoio à sua indústria automóvel no valor de 1,8 mil milhões de euros. Já a Venezuela declarou estado de emergência económica, responsabilizando a política comercial de Trump.

Taiwan, por sua vez, apelou para uma “posição de prioridade relativamente alta” nas negociações com Washington, argumentando que 90% da produção global de servidores de inteligência artificial está sob seu domínio.

O Banco Central da China também atuou para controlar os efeitos cambiais, estabilizando o yuan mesmo após sua desvalorização histórica no mercado offshore.

As medidas de Trump reacendem o debate sobre o impacto de políticas protecionistas na economia global e colocam à prova o equilíbrio dos mercados internacionais.

Fonte: Lusa

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