
Moçambique alcançou um marco histórico na área da saúde ao garantir a presença de laboratórios de saúde pública em todas as suas províncias.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (09), em Maputo, pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, durante a abertura da reunião anual da Associação Internacional dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI).
“Nos últimos quatro anos, Moçambique expandiu a representação geográfica dos institutos nacionais de saúde (...), estabelecemos laboratórios de saúde pública em todas as províncias do nosso país, sendo que o último será inaugurado no final deste mês na província de Gaza”, afirmou o ministro.
O evento reúne cerca de 200 representantes de 60 países, metade dos quais participa virtualmente, e decorre sob o lema “Promoção de sociedades saudáveis, equitativas e resilientes face às ameaças atuais e futuras”.
Ussene Isse destacou o papel do Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, considerado recentemente pelo África CDC como um dos centros de excelência do continente africano. O ministro defendeu que o país está empenhado em tornar o INS um modelo regional e global.
“Acreditamos que os institutos nacionais de saúde pública são pilares essenciais para a construção de sistemas resilientes. São eles que contribuem com soluções científicas e tecnológicas para melhorar o bem-estar das populações”, sublinhou.
Na mesma ocasião, Isse alertou para os desafios atuais da saúde global, como as mudanças climáticas, os conflitos armados, as desigualdades sociais e a redução de financiamento internacional para o setor.
Para ele, esses fatores exigem reformas urgentes e mais cooperação multilateral orientada para o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.
A reunião em Maputo irá culminar com a “Declaração de Maputo”, 'continua aqui' com propostas concretas para enfrentar futuras pandemias, incluindo o ressurgimento de vírus como o H5N1, veja aqui responsável por surtos de gripe aviária em várias partes do mundo.
Fonte: RTP