China ordena suspensão de entregas da Boeing em meio à escalada da guerra comercial com os EUA

O governo chinês determinou que as companhias aéreas domésticas interrompam a aceitação de entregas de aviões da fabricante norte-americana Boeing, informou a Bloomberg News. 

A decisão surge em meio à intensificação da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Segundo a Bloomberg, a medida também inclui a orientação para que as companhias chinesas deixem de adquirir peças e componentes de empresas dos Estados Unidos. 

Fontes próximas ao assunto indicam que a decisão está diretamente ligada ao recente aumento das tarifas retaliatórias chinesas sobre produtos norte-americanos, que agora chegam a até 125%, podendo atingir 145% em alguns casos.

A Boeing, que se recusou a comentar o assunto, viu suas ações caírem US$ 2,59 (1,6%) na manhã desta terça-feira, atingindo US$ 156,74. 

A escalada tarifária praticamente inviabiliza o custo de aquisição de aeronaves e peças fabricadas nos EUA, segundo fontes citadas pela Bloomberg.

Dados da Aviation Flights Group apontam que cerca de 10 aeronaves 737 Max estavam programadas para entrega a companhias chinesas, como a China Southern Airlines, Air China e Xiamen Airlines. 

No primeiro trimestre deste ano, a Boeing entregou um total de 130 aeronaves, incluindo mais de 100 jatos do modelo 737.

A medida da China representa mais um golpe na já abalada relação comercial entre Pequim e Washington, ampliando o impacto para setores estratégicos como o da aviação.

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