
Papa Francisco beijou pés de líderes do Sudão do Sul em apelo à paz. Anos depois, gesto é ignorado e violência retorna.
Durante um encontro histórico no Vaticanoem 2019, o Papa Francisco protagonizou um gesto comovente e simbólico ao ajoelhar-se e beijar os pés de líderes sul-sudaneses, numa tentativa desesperada de apelar pelo fim do conflito armado que assola o país há anos.
O momento, que comoveu o mundo, foi interpretado como um apelo profundo à reconciliação nacional e à cessação das hostilidades.
No entanto, passados alguns anos — e a poucos meses da morte do Sumo Pontífice — o Sudão do Sul mergulha novamente num ciclo de violência e instabilidade política, ignorando por completo o gesto de humildade feito pelo líder da Igreja Católica.
O ato do Papa permanece gravado na memória coletiva como um marco de empatia e liderança moral, mas também como um exemplo frustrante de como apelos à paz podem ser silenciados por ambições políticas e rivalidades étnicas.