Baleamento de Trufafá gera repúdio unânime: Governo e oposição exigem justiça e fim da violência

O atentado contra o músico e activista Joel Amaral, conhecido como MC Trufafá, ocorrido no último Domingo (13) em Quelimane, gerou uma onda de repúdio transversal à sociedade moçambicana. Figuras do governo, líderes da oposição e autarcas de diferentes sensibilidades políticas condenaram com veemência o ataque e exigem uma investigação célere e transparente, que leve os autores à justiça. Nas redes sociais e nas ruas, a solidariedade à vítima cresce, enquanto o país acompanha com apreensão o seu estado de saúde.


O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, manifestou “profunda preocupação” pelo baleamento, classificando-o como “uma afronta à democracia e ao Estado de Direito”. Numa declaração oficial, garantiu que “não podemos permitir que exista lugar ao medo em Moçambique” e apelou às autoridades competentes para esclarecerem cabalmente o caso e fazerem cumprir a lei. Reforçou ainda que actos de violência não devem desviar o país da sua trajectória de paz, segurança e respeito pela vida humana.


O líder do movimento ANAMALALA, Venâncio Mondlane, reagiu com dureza, considerando o ataque como um acto de intolerância política que reflecte o agravamento das perseguições no país. “Como podemos falar da chama da unidade nacional enquanto Moçambique cheira a pólvora?”, questionou. Mondlane apelou à mobilização nacional contra a violência e solidarizou-se com a família de Trufafá, desejando-lhe uma pronta recuperação.


No mesmo tom, o presidente do Município de Quelimane, Manuel de Araújo, exigiu que o Chefe de Estado mande parar as mortes e assegure o cumprimento da Constituição. “Repudiar actos macabros não deve ser apenas com palavras, mas com acções concretas”, afirmou. Araújo defendeu o direito à manifestação pacífica e recordou que Trufafá, para além de músico, é funcionário da edilidade e já exerceu funções como vereador da Educação, Cultura e Mercados. “Joel, meu irmão. A luta contínua até que o Estado de Direito, que juraram defender, se torne realidade para todos.”


Também o presidente do Conselho Autárquico da Beira, Albano Carige, apelou à responsabilização das autoridades. Num vídeo partilhado nas redes sociais, declarou: “Não faz sentido carregar uma tocha da unidade nacional enquanto o povo continua a ser atacado.” Carige lembrou o papel de Trufafá como mobilizador político através da arte e defendeu que o atentado representa um golpe à liberdade de expressão e à democracia. Em nome da edilidade, expressou solidariedade ao Município de Quelimane e à família da vítima, exigindo justiça. Faizal Raimo


 


O conteúdo Baleamento de Trufafá gera repúdio unânime: Governo e oposição exigem justiça e fim da violência aparece primeiro em JORNAL RIGOR.


http://dlvr.it/TK99DX

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem