
Joanesburgo, 19 de Abril de 2025 – A África do Sul deu um passo sem precedentes rumo à justiça histórica, ao aprovar o julgamento de dois ex-policiais acusados de assassinar três ativistas estudantis em 1982, durante o regime do apartheid.
A decisão judicial marca a primeira vez que indivíduos são formalmente processados por crimes cometidos durante aquele sombrio capítulo da história sul-africana.
Especialistas em direitos humanos acreditam que este caso poderá abrir precedentes para novas ações judiciais relacionadas a abusos cometidos pelo antigo regime.
Décadas após o fim do apartheid e após os trabalhos da Comissão da Verdade e Reconciliação – que expôs centenas de crimes mas raramente levou à responsabilização penal – esta decisão reacende a esperança das famílias das vítimas e da sociedade civil por justiça real.
Enquanto a nação observa atentamente os desdobramentos do processo, muitos veem nesta iniciativa uma oportunidade crucial de cura, verdade e reparação.
Fonte: DW África/Clemente Carlos