A Fábula do Conselho dos Macacos na Política


Era uma vez, numa floresta cheia de vida, onde os animais resolveram criar um conselho para resolver disputas e manter a paz. Era chegada a hora de escolher um líder justo e sábio.

Dois candidatos se apresentaram: a Coruja, conhecida por sua sabedoria e senso de justiça, e o Macaco, famoso por ser divertido, falador e cheio de piadas.

Durante a campanha, o Macaco subiu numa árvore e, com um sorriso no rosto, declarou:

— Companheiros da floresta! A Coruja é boa, sim… mas é séria demais! Comigo, a justiça será leve, divertida, e ninguém vai dormir de tédio nas reuniões!

A plateia caiu na gargalhada. Encantados pela alegria do Macaco, os animais o elegeram com festa.

Nos primeiros dias, tudo era risos. As decisões vinham com piadas, as reuniões pareciam festas, e o conselho virou espetáculo.

Mas logo surgiram os problemas.

A Raposa tomou o ninho do Pássaro. O Macaco riu e disse:

— Raposa, que inteligência a sua! Pássaro, constrói outro ninho… vamos lá, sem drama!

Depois, o Lobo atacou os Cordeiros. O Macaco abanou o rabo e zombou:

— Ah, cordeirinhos... na selva, sobrevive quem corre mais rápido!

Os pequenos e os fracos começaram a chorar por justiça. Mas o Macaco respondia com mais piadas.

E assim, pouco a pouco, a floresta mergulhou no caos. Os fortes faziam o que queriam. Os honestos eram ignorados. E o riso do Macaco, antes alegre, virou um som frio para os que sofriam.

Foi então que os animais perceberam: haviam escolhido um líder que fazia rir… mas não sabia julgar.

Moral da fábula:
“Quando a esperteza se senta no trono, a justiça é empurrada para fora. E quando a diversão vira governo, a verdade perde seu lugar.”

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