As manifestações violentas que ocorrem em várias regiões de Moçambique estão a comprometer a implementação de projetos sociais do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos e Desastres (INGD).
Como consequência, mais de 35 mil famílias nas províncias do sul — Maputo, Gaza e Inhambane — continuam sem assistência alimentar e insumos agrícolas.
A situação tornou-se ainda mais crítica após armazéns do INGD terem sido vandalizados e saqueados, interrompendo a distribuição de produtos essenciais às comunidades vulneráveis.
[Leia o Conteúdo na íntegra "Clique Aqui" Faça parte do nosso Canal no WhatsApp para receber as atualizações Ao Minuto "Clique Aqui"]
No distrito de Mabote, Inhambane, por exemplo, 15 toneladas de alimentos destinadas à assistência à seca foram roubadas, agravando ainda mais a crise.
O delegado regional sul do INGD, Cândido Mapute, explicou que a insegurança dificulta o transporte dos produtos, com camiões sendo alvo de ataques e pilhagens.
"Agora enfrentamos dois problemas: de um lado, a seca; do outro, manifestações subversivas.
Para levar produtos às zonas afetadas, temos de passar por áreas de conflito, onde os nossos camiões são atacados", afirmou Mapute.
Além da falta de alimentos, os agricultores também enfrentam dificuldades na obtenção de sementes e insumos agrícolas, essenciais para garantir a produção e reduzir a dependência da assistência humanitária.
O INGD alerta que, sem uma solução para a crise, milhares de famílias poderão enfrentar fome extrema nos próximos meses.
[Leia o Conteúdo na íntegra "Clique Aqui" Faça parte do nosso Canal no WhatsApp para receber as atualizações Ao Minuto "Clique Aqui"]
Em entrevista ao Dossiers & Factos, Cândido Mapute apelou ao fim da violência, reforçando que a livre circulação de ajuda humanitária deve ser garantida para evitar o agravamento da situação.
Fonte: Dossiers & Factos
