
Um protesto no posto administrativo de Save-Chidoko, no distrito de Machaze, província de Manica, terminou em tragédia na última sexta-feira, com a morte de um jovem baleado pela polícia e outro gravemente ferido, que segue sem atendimento médico adequado há quatro dias.
O caso gerou indignação nas redes sociais, onde moradores denunciaram a suposta morte de um agente policial e ameaças contra familiares das vítimas.
Testemunhas afirmam que os disparos ocorreram durante confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
Um dos jovens morreu no local, enquanto o outro permanece com projéteis alojados no corpo, sem ter recebido atendimento nos hospitais distritais de Massangena e Mapai.
"Ele está em casa, agonizando de dor. Apenas prometeram uma transferência para Chimoio, mas sem garantias", relatou um familiar.
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A tensão aumentou após policiais atravessarem o rio Save e invadirem a residência do pai das vítimas em Massangena, acusando-o de planejar vingança e ameaçando incendiar sua casa.
Moradores relatam que os agentes foram enviados de Chimoio sob ordens do primeiro secretário da província de Manica, embora as autoridades ainda não tenham confirmado essa informação.
O protesto estaria ligado a apoiadores do movimento político VM7, liderado por Venâncio Mondlane.
Há relatos de que um policial foi morto durante os confrontos e que homens identificados como simpatizantes do grupo foram presos arbitrariamente, intensificando o clima de medo e repressão.
Enquanto isso, campanhas nas redes sociais buscam arrecadar fundos para custear o tratamento do jovem ferido. "Estamos apelando à solidariedade da população", diz um dos organizadores.
Até o momento, nenhum órgão oficial se pronunciou sobre o caso, aumentando as críticas de organizações de direitos humanos, que exigem uma investigação independente sobre os abusos cometidos.
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A população local teme novos episódios de violência, enquanto Machaze mergulha em um clima de luto e revolta.
"Perdemos um filho, e outro pode morrer a qualquer momento. Onde está o Estado?", questionou uma líder comunitária. O episódio evidencia, mais uma vez, as tensões entre a população e as instituições moçambicanas. Continua LER mais....[AQUI]
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Fonte: Jornal Evidências