
Maputo testemunhou momentos de tensão na tarde de ontem, 5 de março, quando Venâncio Mondlane, ex-candidato presidencial, liderou uma passeata no mercado Xiquelene.
O protesto atraiu um grande número de apoiantes, mas foi abruptamente interrompido pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR), resultando em disparos e um cenário de caos no local.
A manifestação, que tinha como pano de fundo a contestação política e a defesa da democracia, rapidamente se transformou em um impasse entre os manifestantes e as forças de segurança.
A presença massiva da UIR e a ação repressiva geraram correria e confrontos, levando Mondlane a recuar e repensar sua postura diante do agravamento da situação.
Horas depois, o político utilizou suas redes sociais para manifestar seu descontentamento e, ao mesmo tempo, demonstrar arrependimento pela escalada da violência. Em uma publicação enigmática, escreveu:
"Na tomada de posse, derramou-se sangue; na assinatura do acordo de alta traição, derramou-se sangue. Prometeu subir de nível e começar a 'jorrar' sangue de todos que reclamarem. Quem é ele?"
A declaração gerou diversas interpretações, ampliando a polêmica em torno do episódio.
Enquanto alguns viram na mensagem um alerta sobre a repressão política no país, outros entenderam como um reconhecimento implícito de que a situação saiu do controle.
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A repressão policial contra manifestações tem sido um tema recorrente em Moçambique, especialmente em um contexto de crescente descontentamento popular.
O episódio reforça o debate sobre os limites da oposição e o papel das forças de segurança na manutenção da ordem pública.
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Fonte: Kelvin Média