O político Venâncio Mondlane denunciou nesta Quarta-Feira (12) um novo episódio de perseguição política, após a detenção de sua mandatária financeira, Glória Nobre, pela polícia na cidade de Maputo.
Segundo Mondlane, Nobre foi levada para a 8ª Esquadra, localizada no Porto de Maputo, e impedida de falar com seu advogado ou assinar a procuração que lhe daria assistência legal.
A denúncia foi feita durante uma grande entrevista na CIP, na qual Mondlane afirmou que a detenção da sua colaboradora faz parte de um contexto maior de repressão contra seu projeto político.
Ele revelou que, desde outubro do ano passado, 42 membros de sua organização foram assassinados, incluindo os recentes casos em Massinga. ASSISTA O VÍDEO AQUI 👇
Além disso, relatou que 411 pessoas ligadas ao seu movimento foram vítimas de violência extrema da polícia.
"Já submetemos um pedido de registro do nosso novo partido, e este nível de repressão só reforça o cenário de um país antidemocrático, dominado por um partido cuja lógica é a do terror, da intimidação e do assassinato", afirmou Mondlane.
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O político destacou que relatórios detalhados sobre as vítimas foram entregues ao Ministério do Interior e à Procuradoria da República, mas que até o momento não houve qualquer resposta.
Ele classificou a situação como um reflexo do autoritarismo em Moçambique, mencionando que o país foi recentemente classificado como um Estado autocrático no Índice de Democracia.