Stewart Sukuma Critica Posição de Portugal sobre Violações em Moçambique

Stewart Sukuma Critica Posição de Portugal sobre Violações em Moçambique

O músico moçambicano Stewart Sukuma criticou duramente a postura da comunidade internacional, especialmente de Portugal, diante das violações de direitos humanos durante o processo eleitoral em Moçambique. 

Sukuma afirmou que Portugal optou por ignorar as irregularidades para preservar a "relação confortável" que mantém com a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

Em entrevista à agência Lusa, o artista afirmou que Portugal não queria se envolver nas questões eleitorais para não prejudicar a sua relação com o partido no poder, destacando que, se fosse em Portugal, o país se posicionaria diante de violações. 

"Isso foi mau porque, se alguma coisa acontece em Portugal que nos preocupa, nós vamos falar sobre isso", disse Sukuma.

O músico considera que as irregularidades começaram desde o registo de votantes e se estenderam durante o processo eleitoral, que classificou como fraudulento. 

Para Sukuma, a postura da comunidade internacional foi complacente e não condizente com a ação firme que costuma ser adotada em outros países. 

"Foram muito comedidos e agiram de uma forma diferente em relação a outros posicionamentos relacionados a outros países. Usaram dois pesos e duas medidas", afirmou.

Além disso, Sukuma criticou a forma como a comunidade internacional se aliou ao sistema moçambicano por interesses diplomáticos, deixando de lado a proteção dos direitos humanos.

Ele destacou que as violações foram constantes durante a crise pós-eleitoral em Moçambique e não receberam a devida condenação.

O músico também criticou a falta de preparação das autoridades moçambicanas para lidar com os protestos, especialmente em relação à atuação da polícia, que, segundo ele, "não está treinada e preparada para enfrentar manifestações". 

A agitação social, com manifestações contra os resultados eleitorais de outubro de 2024, culminou em confrontos violentos, com mais de 350 mortos, incluindo crianças, além da destruição de milhares de estabelecimentos comerciais, escolas e unidades de saúde.

As críticas de Sukuma vêm em meio à continuidade dos protestos, que começaram após o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane contestar os resultados das eleições, que deram vitória a Daniel Chapo. 

Além da contestação política, a população também se queixa do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais. a eventual presença ou ausência em futuras audiências.

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Fonte: Lusa

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