A malária continua a ser um desafio persistente em Inhambane, apesar da redução dos casos. No primeiro trimestre de 2025, foram registados 4 mil casos, uma queda significativa em relação aos 10 mil do ano passado. A luta contra a doença envolve esforços comunitários, campanhas de pulverização e desafios estruturais.
Cartilia, uma moradora do bairro Chamane, lembra as dificuldades enfrentadas: “Tinha malária frequentemente, cheguei a ir a Maputo para tratamento. Hoje, a situação melhorou, mas o risco ainda existe.” Já Felizarda, do bairro Liberdade, beneficiou da pulverização e notou menos mosquitos: “As crianças estão mais protegidas.”
Contudo, nem todos têm acesso ao método. Elisa, cuja casa é de zinco, não pode ser pulverizada. “Fico preocupada, porque os mosquitos não escolhem casas”, lamenta. O coordenador Dércio Rafael explica que o inseticida não adere ao zinco, mas alternativas estão a ser estudadas.
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Foto: Opais |
A redução dos casos, de 50 mil em 2023 para 28 mil em 2024, reflete o impacto de medidas como a eliminação de criadouros e a distribuição de redes mosquiteiras. Mutirões comunitários também ajudam na limpeza dos bairros mais afetados.
Mesmo sem óbitos registados este ano, os desafios persistem. A época chuvosa favorece a proliferação do mosquito, tornando essencial o reforço de estratégias sustentáveis. “A malária é evitável, mas exige um compromisso coletivo”, destaca Dércio.
A esperança continua viva em Inhambane, impulsionada pela resiliência da comunidade. "CLIQUE AQUI" para ver o artigo completo na integra.
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Fonte: O Pais