
Maputo, 27 de março de 2025 – O partido PODEMOS declarou nesta quinta-feira, durante a sessão parlamentar, que Venâncio Mondlane foi o grande vencedor das eleições, derrotando a FRELIMO.
A afirmação foi feita no contexto de intensos debates sobre o futuro político do país e a necessidade de reformas no sistema eleitoral.
A presidente da Assembleia da República Margarida Talapa, destacou a complexidade dos processos eleitorais em Moçambique e defendeu uma reforma mais inclusiva e tolerante.
“Precisamos de uma lei eleitoral que, além de atender às recomendações dos órgãos eleitorais e observadores nacionais e estrangeiros, responda ao compromisso político de um diálogo nacional inclusivo, baseado na tolerância e no respeito”, afirmou.
Por sua vez, a bancada parlamentar da FRELIMO, liderada por Félix Avelino Silva, condenou a destruição de infraestruturas durante as manifestações pós-eleitorais.
“A violência jamais poderá ser aceita como forma de expressão política. A destruição de infraestruturas representa um retrocesso nos esforços coletivos de desenvolvimento do nosso país”, declarou.
Sebastião Mushane, representante do PODEMOS, declarou que o Partido com seu candidato presidencial Venâncio Mondlane ganhou as eleições de 2024, também fez duras críticas às Forças de Defesa e Segurança, exigindo responsabilização pela violação de direitos humanos durante as manifestações.
Ele também destacou o crescimento do partido, que passou de extraparlamentar à segunda maior força política na Assembleia da República.
“Um dos maiores obstáculos à construção de uma democracia plena em Moçambique tem sido a violação sistemática dos direitos humanos, especialmente por parte das forças de defesa e segurança do Estado.
Pela primeira vez na nossa democracia, temos quatro bancadas parlamentares, e o segundo lugar é ocupado por um partido que, até então, era extraparlamentar”, ressaltou.
Já a RENAMO, através do seu líder parlamentar Jerónimo Malagueta, afirmou que a vontade do povo só será plenamente realizada com a RENAMO no poder.
“Queremos dizer ao povo moçambicano que a manifestação dessa vontade popular só pode ocorrer com a RENAMO no governo”, declarou.
O MDM, que conta com apenas oito deputados nesta legislatura, criticou o presidente da República, Daniel Chapo, pela sua promessa de reduzir os custos do Estado. Segundo a bancada, na prática, o cenário é oposto ao anunciado.
“Os moçambicanos acreditaram nas palavras proferidas na tomada de posse, especialmente nas promessas de redução do governo, eliminação de secretarias de Estado equiparadas a ministérios e outros cortes.
No entanto, o que vemos na realidade é exatamente o contrário”, afirmou o representante do partido.
A sessão parlamentar evidenciou as divergências entre as principais forças políticas do país, num momento em que Moçambique enfrenta desafios políticos e sociais significativos. "CLIQUE AQUI" para ver o artigos na integra.
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