
O político moçambicano Venâncio Mondlane denunciou, nesta sexta-feira (14), que a decisão das autoridades angolanas de impedir sua entrada no país representa uma "vergonha pública" e uma infração às normas internacionais.
Segundo Mondlane, a medida violou a legislação angolana, bem como os protocolos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA).
“Algo perigoso e negativo para a imagem de Angola em África e no mundo foi estabelecido aqui”, afirmou o político durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook.
Decisão sem justificativa formal
De acordo com Mondlane, os serviços de migração alegaram que sua entrada no país foi recusada, mas sem apresentar formalmente os motivos da decisão.
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“Nós nem sequer fomos deportados. Não houve qualquer procedimento dentro da lei que justificasse uma deportação. Aquilo foi uma irregularidade ao mais alto nível. Nada foi feito segundo a legislação”, declarou.
O líder do VM7 destacou que a decisão de impedir a entrada da delegação moçambicana foi tomada pelo Ministério do Interior de Angola, mas sem qualquer comunicação oficial aos envolvidos.
“O dia 13 de março deveria ser considerado o dia da vergonha pública em Angola”, declarou Mondlane, enfatizando que o episódio ocorreu justamente enquanto o país preside a União Africana.
Repercussão internacional
O caso levanta questionamentos sobre a postura de Angola em relação a figuras políticas estrangeiras e pode gerar repercussão nos organismos internacionais. Até o momento, não houve um pronunciamento oficial do governo angolano sobre o ocorrido.
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