Maputo, 8 de Março de 2025 – Moçambique assinala hoje os 48 anos da "Geração 8 de Março", um marco histórico que reflete o papel crucial desempenhado pelos estudantes na reconstrução do país nos primeiros anos após a independência.
A 8 de março de 1977, o então Presidente Samora Machel anunciou a suspensão da frequência da 10.ª e 11.ª classes, determinando que os cerca de 600 estudantes inscritos fossem integrados em diferentes frentes de desenvolvimento nacional.
A decisão visava colmatar a falta de quadros qualificados, após a saída de mais de 200 mil portugueses que abandonaram Moçambique depois da proclamação da independência, em 25 de junho de 1975.
A medida foi aprovada durante o III Congresso da FRELIMO, realizado de 3 a 7 de fevereiro de 1977, onde o movimento se transformou oficialmente em partido político.
Na ocasião, foi deliberado que os estudantes seriam direcionados para setores estratégicos, incluindo a defesa e segurança nacional, a formação de professores e técnicos agrícolas, além do acesso ao ensino superior por meio do curso propedêutico.
Num evento realizado no pavilhão do então Sporting, atual Maxaquene, em Maputo, Samora Machel explicou que a iniciativa visava garantir o funcionamento de todos os setores da vida económica e social, num contexto de instabilidade interna e ameaças externas vindas da Rodésia de Ian Smith e do regime do apartheid na África do Sul.
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Além da educação e produção agrícola, os jovens foram direcionados para os ramos da Força Aérea, Marinha Popular e Exército, fortalecendo a soberania nacional.
Samora Machel destacou que a falta de quadros era um dos principais desafios do país e reforçou que, sem conhecimento técnico e domínio da tecnologia, não seria possível alcançar o desenvolvimento e construir o socialismo.
A "Geração 8 de Março" tornou-se um símbolo de resiliência e patriotismo, marcando uma das decisões mais impactantes da era pós-independência, cujo legado ainda hoje é lembrado. Continua LER mais....[AQUI]
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📌 Fonte: Jornal Notícias
