Militares da SADC retiram-se da RD Congo sob forte pressão

Militares da SADC retiram-se da RD Congo sob forte pressão

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) decidiram iniciar a retirada faseada da Missão Militar da organização na República Democrática do Congo (SAMIDRC), diante do agravamento da situação de segurança no país.

A decisão foi tomada na Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada na quinta-feira (13), em Harare, Zimbábue. Em um comunicado oficial, a organização destacou seu compromisso com a resolução pacífica do conflito e reafirmou apoio a iniciativas para alcançar uma paz duradoura na região leste do Congo.

A retirada ocorre em meio a avanços significativos dos rebeldes do M-23, grupo armado que, segundo relatórios da ONU, recebe apoio do Ruanda. As tropas insurgentes ocuparam estratégicas cidades como Goma e Bukavu, aproximando-se perigosamente da capital, Kinshasa.

Baixas e desafios no terreno

Durante os confrontos com o M-23, pelo menos 14 militares das Forças de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) perderam a vida. Relatórios das Nações Unidas indicam que os rebeldes contam com um contingente significativo de cerca de quatro mil soldados ruandeses, o que complicou a atuação das tropas da SADC.

Os chefes de Estado da África Austral reforçaram a necessidade de uma solução política e diplomática para a crise, envolvendo o governo congolês, atores não estatais e forças armadas locais. No encontro, também foi reiterado o compromisso da SADC com a soberania e integridade territorial da RD Congo.

Acordos regionais e próximos passos

Os dirigentes sublinharam a importância da colaboração entre a SADC, a Comunidade da África Oriental e os processos de paz de Luanda e Nairobi, enfatizando a necessidade de facilitadores adicionais para fortalecer o diálogo.

Foi ainda feito um apelo para a proteção dos civis e o respeito pelo direito humanitário internacional. As partes envolvidas foram instadas a cessar ataques contra infraestruturas civis e garantir acesso irrestrito ao apoio humanitário na região afetada pelo conflito.

O desdobramento da retirada da SAMIDRC nas próximas semanas será acompanhado de perto, enquanto se busca uma alternativa eficaz para conter a violência e restaurar a estabilidade na RD Congo. 

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