O aguardado filme Mickey 17, dirigido pelo aclamado cineasta Bong Joon-ho (Parasita), chegou aos cinemas brasileiros trazendo uma narrativa intensa e reflexiva sobre clonagem, exploração e os limites da ética humana no espaço. Estrelado por Robert Pattinson (Crepúsculo, Batman), a produção combina ação, suspense e drama ao apresentar um futuro distópico onde vidas humanas são descartáveis em prol de um “bem maior”.
A trama de Mickey 17
A história se passa em um futuro onde a humanidade expande sua presença no espaço através de missões de colonização de planetas distantes. No entanto, essas missões contam com um tripulante especial: o chamado "descartável". Esse indivíduo assume os trabalhos mais perigosos e, ao morrer, é substituído por um clone idêntico, que mantém todas as memórias da versão anterior.
O protagonista, Mickey 17, já passou por esse processo dezesseis vezes e, ao longo da trama, começa a questionar sua própria existência e o papel desse sistema de clonagem. A situação se complica ainda mais quando, após uma missão fracassada, ele é dado como morto por sua equipe. Ao retornar à nave, descobre que Mickey 18 já assumiu seu lugar.
Esse dilema gera conflitos internos e externos, pois a existência de dois Mickeys ao mesmo tempo não só desafia a lógica da missão, mas também coloca em risco a estrutura de poder da colônia espacial.
O elenco de peso
Além de Robert Pattinson no papel principal, o filme conta com um elenco de renome:
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Naomi Ackie (Star Wars: A Ascensão Skywalker),
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Steven Yeun (The Walking Dead, Invencível),
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Mark Ruffalo (Vingadores: Guerra Infinita, Vingadores: Ultimato),
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Toni Collette (Hereditário, Entre Facas e Segredos).
Cada personagem desempenha um papel crucial no desenrolar dos acontecimentos, trazendo camadas emocionais e políticas à trama.
O desfecho de Mickey 17 (ALERTA DE SPOILERS)
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| Mickey 17 (2025) / Crédito: Warner Bros. Pictures (divulgação) |
O clímax do filme ocorre quando Kenneth Marshall (Mark Ruffalo), líder da colônia e antagonista da história, dá ordens para exterminar os nativos do planeta, conhecidos como rastejadores. Para atrair os seres, ele sequestra um filhote da espécie, gerando um conflito que pode culminar no extermínio da raça humana devido às capacidades dos rastejadores de manipular frequências sonoras letais.
Diante dessa ameaça, Mickey 17 e Mickey 18 decidem agir juntos para impedir a chacina. Durante a missão de resgate, Mickey 17 e sua aliada, Nasha, assumem a responsabilidade de devolver o filhote aos seus pais. Já Mickey 18, em um ato de sacrifício, utiliza um colete explosivo para eliminar Kenneth Marshall e libertar a colônia da sua liderança opressiva.
Com o fim do programa de clones determinado por Nasha, Mickey 17 destrói a impressora que gerava suas réplicas, encerrando o ciclo de descartáveis e estabelecendo um novo modelo de coexistência entre humanos e rastejadores.
Uma ficção científica reflexiva
Mickey 17 não é apenas um filme de ação espacial, mas também uma crítica às estruturas de poder e à exploração da vida em nome do progresso. Bong Joon-ho, conhecido por suas narrativas sociais afiadas, entrega mais uma obra que provoca reflexões profundas sobre o valor da individualidade e os perigos da manipulação biotecnológica.
Com um final impactante e uma atuação envolvente de Robert Pattinson, o longa se firma como uma das grandes estreias do ano no gênero da ficção científica.
Fonte: Olhar Digital
