Maputo – A lepra, uma doença curável, mas historicamente negligenciada, volta a preocupar o setor da saúde em Moçambique devido ao aumento progressivo de casos em algumas províncias. Dados recentes do Ministério da Saúde (MISAU) indicam que, em 2024, já foram registados 2.863 casos no país, um ligeiro aumento em relação aos 2.652 casos do ano anterior.
De acordo com as autoridades sanitárias, a doença é considerada reemergente. “Em 2008, havíamos conseguido reduzir a incidência da lepra para menos de um caso em cada 10.000 habitantes.
Infelizmente, agora identificamos várias zonas endémicas, com destaque para Nampula, onde quase todos os distritos apresentam uma prevalência superior a essa taxa”, explicou um responsável do MISAU.
A província de Nampula concentra entre 50% e 60% dos novos casos anuais. No distrito de Murrupula, por exemplo, muitos pacientes que têm recebido assistência médica apresentam melhorias, mas o desafio da erradicação da doença permanece.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também acompanha a situação e reforça a necessidade de intensificar ações de combate à lepra. Segundo especialistas, Moçambique pode adotar estratégias bem-sucedidas implementadas em outros países para reduzir a cadeia de transmissão.
“Precisamos de mais parceiros, mais instituições e mais fundos para intensificar o combate à lepra. Não é um trabalho para uma única entidade. A meta do Ministério da Saúde é conseguir reduzir a transmissão da doença a zero até 2030”, concluiu a fonte do MISAU. Continua LER mais conteudo Completo "CLIQUE AQUI" e saiba mais.
