INAE alerta: 80% das marcas populares de bebidas alcoólicas em Moçambique são falsificadas

INAE alerta 80% das marcas populares de bebidas alcoólicas em Moçambique são falsificadas

A Inspeção Nacional de Atividades Econômicas (INAE) revelou que cerca de 80% das marcas populares de bebidas alcoólicas comercializadas em Moçambique são falsificadas. O esquema envolve redes de corrupção que operam desde as fronteiras até os mercados urbanos, muitas vezes com a conivência de autoridades responsáveis pela fiscalização.

A denúncia foi feita pela diretora da INAE, Rita Freitas, em entrevista à Agência de Informação de Moçambique (AIM), onde admitiu que a própria instituição enfrenta dificuldades no combate ao problema. Segundo Freitas, algumas equipas de fiscalização estariam envolvidas no esquema, permitindo que bebidas falsificadas continuem a circular livremente no mercado.

"Com todo o respeito, tem muito bandido nessa área. Comecei a perceber que a minha equipa estava favorecendo essa fiscalização porque estava ganhando dinheiro. As bebidas alcoólicas apreendidas eram roubadas e vendidas. Mesmo quando a mercadoria era entregue à Autoridade Tributária (AT), não era devidamente contabilizada, alimentando o mercado de produtos falsificados", afirmou.

Falta de meios e fiscalização ineficaz

A INAE admite que suas ações se limitam a apreender produtos sem o selo aduaneiro obrigatório e reportar os casos à Autoridade Tributária (AT). No entanto, a falta de equipamentos e formação adequada dificulta a identificação precisa de bebidas falsificadas.

"Infelizmente, o INAE não pode provar se um gin ou uísque é falsificado ou não. O INAE não tem nem treinamento nem equipamento para realizar testes de laboratório", acrescentou Freitas.

Diante da gravidade da situação, a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas (APIBA) tem promovido campanhas de conscientização e pressionado por um reforço na legislação e na capacitação de fiscais para conter o comércio ilegal.

Sem medidas eficazes, o mercado moçambicano continua saturado por bebidas de qualidade duvidosa, vendidas a preços extremamente baixos, colocando em risco a saúde dos consumidores. Continua LER mais...[AQUI]

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📌 Fonte: Carta | AIM

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