
Os hospitais do distrito de Nampula estão a enfrentar uma elevada procura por atendimento médico, com um aumento significativo de pacientes afetados por doenças de origem hídrica, como diarreias, cólera e malária.
Além do surto dessas doenças, a destruição do Centro de Saúde de Namicopo durante as manifestações violentas agravou a situação, forçando mais de 80 mil moradores a recorrerem a outras unidades de saúde próximas, que agora operam no limite da sua capacidade.
Soraia Atumane, mãe de um bebé doente, relatou que sempre que se dirige ao Centro de Saúde 1.º de Maio, depara-se com longas filas. Para ela, a falta de técnicos na unidade sanitária pode estar a contribuir para o congestionamento no atendimento.
Joaquim Vicente, outro paciente, afirmou que os profissionais de saúde estão a fazer um esforço notável para lidar com o fluxo crescente de doentes. Naira Armando, também paciente, destacou que a destruição de infraestruturas hospitalares e as chuvas frequentes têm agravado a situação, resultando no aumento dos casos de doenças hídricas.
De acordo com a diretora clínica do Centro de Saúde 25 de Junho, Emília Matola, o número diário de atendimentos triplicou, passando de uma média de 300 a 400 pacientes para cerca de 800. Apesar do aumento da demanda, garantiu que os técnicos de saúde continuam a atender todos os pacientes, sem discriminação.
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No Centro de Saúde 1.º de Maio, o diretor Danito Branco informou que, devido à sobrecarga no atendimento, foi necessário reforçar a equipa médica. No entanto, apontou a necessidade urgente de contratar mais técnicos de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, para garantir um atendimento mais eficiente.
Apesar dos desafios, os gestores dos hospitais garantem que há suprimentos médicos suficientes nos armazéns para responder à demanda crescente.
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Fonte: Jornal Notícias