
A China advertiu ontem que "não cederá a pressões" e acusou os Estados Unidos de utilizarem as taxas alfandegárias como um instrumento político, intensificando ainda mais a guerra comercial entre as duas potências mundiais.
"A China não tolera a hegemonia nem a intimidação. Se os EUA insistirem em táticas de pressão máxima contra a China, escolheram o adversário errado", afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
A declaração surge após os Estados Unidos implementarem novas taxas alfandegárias de 20% sobre todos os produtos importados da China. Em resposta, Beijing impôs tarifas de até 15% sobre produtos agroalimentares norte-americanos, como soja, trigo e carne de vaca.
Lin Jian criticou a decisão dos EUA, alegando que a imposição de taxas “visa desviar a atenção dos problemas internos do país” e alertou que essas medidas prejudicarão a cooperação bilateral em áreas estratégicas, como a tecnologia.
Apesar do aumento das tensões, o governo chinês afirmou que continua aberto ao diálogo, mas ressaltou que as negociações devem ser baseadas na "igualdade, respeito mútuo e benefícios recíprocos".
"Se os EUA querem realmente resolver os seus problemas, devem encetar negociações sérias", concluiu o porta-voz.
🔗 Fonte: Jornal Notícias