Durante um debate televisivo transmitido pela TV Miramar e posteriormente transcrito pelo Jornal Ao Minuto, o deputado Antônio Muchanga saiu em defesa de Venâncio Mondlane, questionando a legitimidade da notificação emitida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR notificou Mondlane, figura central da oposição, para prestar declarações, levantando especulações sobre possíveis motivações políticas.
No entanto, segundo Muchanga, o processo apresenta irregularidades que comprometem a sua legalidade e transparência.
Críticas ao processo e suspeitas de perseguição política
Muchanga, que já enfrentou situações semelhantes no passado, destacou que a rapidez com que a notificação foi processada levanta dúvidas sobre a isenção da Procuradoria-Geral da República.
Ele afirmou que há um esforço deliberado para enfraquecer Mondlane, que se autoproclamou vencedor das eleições de 2023 e contestou os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
LEIA TAMBÉM: António Muchanga denuncia perseguição política em processo da PGR
O deputado mencionou que outras figuras políticas já fizeram discursos considerados radicais ou desafiadores sem serem chamadas pela PGR. Ele questionou:
"Quanta gente não fez discursos belicistas neste país? Por que essa gente nunca foi chamada pela Procuradoria-Geral da República?"
Impacto político e social da notificação
O debate também abordou as implicações políticas e sociais do caso. Alguns analistas consideram a notificação de Mondlane uma possível manobra para intimidar a oposição, enquanto outros argumentam que a PGR está apenas cumprindo seu dever ao investigar indícios de crimes como incitação à violência e atentado contra a segurança do Estado. ASSISTA O VIDEO AQUI 👇
Para Muchanga, no entanto, trata-se de mais um episódio da crise política pós-eleitoral, evidenciando o déficit de confiança nas instituições e o desafio da democracia moçambicana em lidar com disputas eleitorais. Ele alertou que o tratamento dado a Mondlane pode aprofundar divisões políticas no país.
Mondlane deve comparecer à PGR?
Muchanga reconheceu que Mondlane, como membro do Conselho de Estado, tem prerrogativas que o distinguem de um cidadão comum. No entanto, aconselhou que ele compareça à PGR, ressaltando que a Procuradoria não tem poder para o deter sem provas concretas.
O caso continua a gerar debates, aumentando a tensão no cenário político moçambicano. Continua LER mais...[AQUI]