Venâncio Mondlane visita vítimas de baleamento em Tete e denuncia violações dos direitos humanos
O líder político Venâncio Mondlane visitou, nesta segunda-feira, vítimas de baleamento na província de Tete, onde acusa as forças da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) de terem utilizado balas reais contra manifestantes pacíficos.
Durante a visita, Mondlane denunciou casos de execuções sumárias e destruição de bens de civis, chamando a atenção da comunidade internacional para o que descreve como uma tragédia humanitária em Moçambique.
"Aqui é a casa de G. Cambea, uma das vítimas da repressão policial. Quando denunciávamos assassinatos e valas comuns, muitos duvidavam. Hoje, mostramos ao mundo a destruição causada. Um homem foi morto dentro de sua própria casa, e como se não bastasse, seus bens foram destruídos e incendiados", afirmou Mondlane.
Segundo relatos de moradores, a manifestação pacífica ocorrida na região foi brutalmente reprimida por agentes encapuzados, que teriam invadido residências e atacado civis. Mondlane afirma que, após os assassinatos, algumas vítimas foram enterradas em valas comuns.
Ele destacou que as famílias das vítimas continuam a ser ameaçadas, o que agrava ainda mais a situação de medo e insegurança na região.
Apelo à comunidade internacional
Durante a visita, Mondlane fez um apelo urgente às organizações internacionais de direitos humanos para que acompanhem de perto a situação em Moçambique. Ele pede que o mundo tome conhecimento das alegadas violações e preste apoio às vítimas e suas famílias.
"O mundo precisa despertar para o que está acontecendo aqui. Estamos diante de um genocídio. Pessoas estão a ser assassinadas, enterradas em valas comuns e suas famílias vivem sob ameaça. Precisamos tornar este tema uma prioridade na agenda das organizações internacionais que defendem os direitos humanos", declarou o político.
Além das denúncias, Mondlane também mencionou que há vítimas que tentam fugir para países vizinhos, como o Maláui, na esperança de encontrar segurança e tratamento adequado para os feridos. Continua LER mais Conteúdos... [AQU1]