População Recusa Enterrar Vítimas e Exige que Certidão de Óbito Reconheça Baleamento pela Polícia

Buzi, Sofala – A tensão tomou conta da vila de Buzi após a morte de dois jovens, alvejados pela polícia durante um incidente ocorrido recentemente. 

Indignados, os familiares e membros da comunidade recusaram-se a proceder com o enterro das vítimas até que as certidões de óbito reconhecessem explicitamente que a causa da morte foi o baleamento por agentes policiais.

De acordo com relatos locais, as vítimas foram atingidas enquanto tentavam fugir, sem oferecer resistência. “Os tiros foram disparados de trás para frente, o que significa que estavam em fuga. ASSISTA O VIDEO AQUI 👇

Não havia troca de tiros, eram apenas civis desarmados correndo para salvar as suas vidas”, denunciou um morador que testemunhou o ocorrido. No hospital, os familiares se depararam com certidões de óbito omissas quanto às causas reais da morte. 

A revolta popular levou a um protesto dentro da unidade sanitária, onde os presentes exigiram que o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e os responsáveis de saúde reescrevessem os documentos, reconhecendo oficialmente que as vítimas foram mortas a tiros pela polícia.

Sob pressão, agentes do SERNIC e técnicos de saúde foram forçados a retificar as certidões em voz alta, diante da multidão. A leitura dos documentos corrigidos foi acompanhada atentamente pelos familiares, que só aceitaram seguir com os funerais após a confirmação oficial da causa da morte.

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O caso levanta questões sobre o uso excessivo da força policial e a crescente insatisfação popular com a atuação das autoridades em situações de protesto. 

A população denuncia que, em vez de conter distúrbios de forma adequada, as forças policiais têm recorrido a ações letais desnecessárias.

O episódio em Buzi evidencia um crescente clima de desconfiança entre a sociedade civil e as instituições de segurança, com manifestações de resistência a práticas que a comunidade considera abusivas. 

O caso ainda aguarda uma posição oficial por parte do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique. Continua LER mais Conteúdos...[AQUI]

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