População de Quissimajulo só libera camiões de mineradora após início das obras de salas de aula
Dois dias depois de bloquearem a estrada de acesso à cidade de Nacala e paralisarem o transporte de calcário, argila e areia, os moradores do bairro de Quissimajulo conseguiram uma resposta positiva das empresas exploradoras de recursos naturais na região.
Nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, a comunidade recebeu 200 sacos de cimento, um camião carregado de blocos, areia, brita e outros materiais para dar início à construção de novas salas de aula, uma das principais reivindicações da população.
Os representantes da comunidade, Abu Oscar e Cassimo Ibraimo, afirmaram que os camiões serão libertados, mas o transporte de recursos naturais só será retomado após o início das obras.
“Nós, a população de Quissimajulo, vamos liberar os camiões, mas não permitiremos que a exploração continue antes do início da construção da escola”, declararam.
Por outro lado, Paulino Gongole, diretor da Cimentos de Moçambique, reconheceu as dificuldades enfrentadas pela população, mas destacou que faltou comunicação entre as partes para encontrar soluções.
“Já tomamos conhecimento do vosso problema e vimos as condições das salas existentes, que realmente precisam de melhorias. No entanto, precisamos formar uma equipe conjunta para elaborar estratégias para resolver essa questão”, afirmou.
O presidente do Conselho Autárquico de Nacala, Faruk Momade Nuro, esteve no local e garantiu à comunidade que a entrega do material marca o início das obras.
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“Como presidente desta autarquia, estou aqui para conversar e entregar este material, que marca o início da construção das nossas salas de aula”, assegurou.
Apesar da entrega dos materiais e da liberação dos camiões retidos, os moradores de Quissimajulo reforçaram que não permitirão a retomada da exploração de recursos naturais até que as obras de construção das salas de aula realmente comecem. Continua LER...[CLIK AQUI]
