Plano de 100 dias de Chapo repete promessas não cumpridas de Nyusi
O Governo moçambicano apresentou o plano para os primeiros 100 dias da gestão do novo Presidente da República, Daniel Chapo, composto por 78 medidas que testarão a capacidade do novo elenco em lidar com os desafios do país.
Contudo, muitas das iniciativas anunciadas não são novidades. Boa parte das promessas fazem parte da agenda do ex-Presidente Filipe Nyusi, que não conseguiu concretizá-las ao longo dos seus dois mandatos.
Entre as principais medidas, destaca-se a garantia do pagamento do 13º salário na função pública e a liquidação de dívidas a fornecedores do Instituto Nacional de Acção Social.
Além disso, o plano prevê a criação do Banco de Desenvolvimento de Moçambique e
a implementação do Fundo de Garantia Mútua (FGM), este último já anunciado pelo
governo de Nyusi em 2022.
Outra meta é a conexão de 200 residências em Maputo ao gás natural, uma promessa adiada desde a presidência de Armando Guebuza.
O plano inclui ainda a aquisição de uma embarcação para
vigilância costeira e o licenciamento de um navio para transporte marítimo de
cabotagem, um projeto nunca concretizado pelo governo anterior.
Na aviação, a Linhas Aéreas de
Moçambique (LAM) deverá adquirir três novas aeronaves até 30 de Abril. No final
de Janeiro, a companhia lançou um concurso para a compra de aviões Embraer ERJ190
e Boeing 737-700, sem especificar a quantidade exacta necessária.
Com um plano que reaproveita
promessas antigas, a gestão de Chapo começa sob críticas, levantando dúvidas
sobre a capacidade do novo governo de entregar resultados concretos.