Moradores de Boquisso "B" e Xiboene protestam contra preços elevados de produtos essenciais

 

Moradores de Boquisso "B" e Xiboene protestam contra preços elevados de produtos essenciais

Os moradores dos bairros Boquisso "B" e Xiboene, no distrito de Matola, assim como os residentes do bairro Shib, no distrito de Marracuene, organizaram protestos junto a estabelecimentos comerciais e estaleiros de materiais de construção para exigir a redução dos preços de diversos produtos. 

A manifestação, que ocorreu na zona limítrofe entre os distritos, teve como principal objetivo pressionar os comerciantes a baixar os preços de bens essenciais, como arroz, cimento, areia e pedra.

Revolta contra preços elevados

De acordo com os manifestantes, os custos de vida tornaram-se insustentáveis, dificultando tanto a aquisição de produtos alimentares como a compra de materiais para construção. 

"O arroz está a 1.850 meticais, o cimento continua acima dos 500 meticais, mesmo depois do Presidente ter dito que deveria baixar para 300 meticais. As coisas estão cada vez mais caras, e não temos condições de vida dignas", afirmou um dos moradores em protesto.

Os residentes alegam que, além dos altos preços, enfrentam dificuldades adicionais com o transporte dos materiais de construção, tornando a situação ainda mais precária. 

"Temos que comprar o material e ainda pagar o transporte, o que encarece ainda mais o custo da construção. Queremos preços justos, tanto para os alimentos quanto para os materiais", declarou outro manifestante.

Pressão sobre os comerciantes e fornecedores

Embora reconheçam que os revendedores também enfrentam dificuldades na obtenção dos produtos, os moradores acreditam que pressionar os comerciantes locais pode levar a uma redução nos preços. 

"Sabemos que os revendedores compram de grandes fornecedores, mas se eles pressionarem os distribuidores, talvez os preços diminuam para todos. Se ninguém aceitar pagar esses valores altos, eles terão que reduzir os preços", explicou um dos organizadores do protesto.

A insatisfação dos moradores foi evidente, e alguns chegaram a ameaçar ações mais radicais caso não houvesse uma resposta favorável. 

"Hoje estamos apenas a avisar, mas se nada mudar, poderemos fechar os estabelecimentos. A nossa intenção não é vandalizar, mas sim fazer com que os comerciantes entendam a nossa situação e nos ajudem a encontrar uma solução", alertou um dos participantes.

Comerciantes justificam os preços

Diante das exigências dos moradores, alguns comerciantes justificaram que não têm como reduzir os preços sem que haja uma mudança nos custos da fábrica. Um dos responsáveis por um estaleiro local explicou que o preço do cimento, por exemplo, depende diretamente dos fornecedores.

"O Presidente disse que o cimento deveria baixar para 300 meticais, mas a fábrica ainda não reduziu o preço. Se compramos caro, não podemos vender barato", argumentou o comerciante.

A situação nos bairros Boquisso "B" e Xiboene reflete um problema mais amplo, enfrentado por diversas comunidades em expansão, onde o desenvolvimento depende diretamente do acesso a bens essenciais a preços acessíveis. Enquanto os moradores exigem medidas concretas, os comerciantes aguardam ajustes nos preços de fornecedores e fabricantes para poderem atender às reivindicações da população.

Perspectivas para a resolução do problema

O protesto destaca a crescente insatisfação popular com o custo de vida e a necessidade de soluções governamentais e empresariais para garantir preços mais justos. A continuidade das manifestações dependerá das respostas das autoridades e da possível intervenção do governo para controlar os preços de produtos essenciais.

Enquanto isso, os moradores continuam a exigir melhores condições de vida, acesso facilitado a bens de primeira necessidade e medidas urgentes para aliviar o impacto da inflação sobre a população. 

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