Daniel Chapo Restaura Órgão Criado por Guebuza e Nomeia Eduardo Mulémbwè
Maputo, 07 de Fevereiro de 2025 - O Presidente da República, Daniel Chapo, continua a moldar a sua governação com resgates estratégicos de cargos e figuras do passado.
Desta vez, trouxe de volta o Ministério na Presidência para os Assuntos Parlamentares, Autárquicos e das Assembleias Provinciais, um órgão criado durante a presidência de Armando Emílio Guebuza e extinto por Filipe Nyusi.
Para liderá-lo, Chapo nomeou Eduardo Mulémbwè, antigo Presidente da Assembleia da República.
A nomeação de Mulémbwè, um veterano da política moçambicana que esteve à frente do Parlamento por 15 anos (1995-2010), levanta questionamentos sobre os interesses por trás da reativação deste cargo.
O ex-presidente da Assembleia havia sido afastado das listas da FRELIMO para a nova legislatura, mas agora retorna ao cenário político como o principal elo entre o Chefe de Estado e os órgãos legislativos e autárquicos do país.
A decisão de Daniel Chapo em trazer Mulémbwè e recriar um ministério extinto reforça a tese de que o novo presidente está a buscar respaldo político em figuras do passado, particularmente da era Guebuza, uma estratégia que pode indicar um realinhamento dentro da FRELIMO.
Além de Mulémbwè, Chapo nomeou um conjunto de conselheiros para áreas estratégicas. Entre os novos assessores presidenciais, destacam-se Beatriz Buchili, ex-Procuradora-Geral da República, agora Conselheira para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais, e Mateus Magala, ex-Ministro dos Transportes e Comunicações, nomeado Conselheiro para os Assuntos Económicos e de Desenvolvimento.
Outras nomeações incluem Manuel Gonçalves para os Assuntos Diplomáticos, Francisco Mucanheia para os Assuntos Inter-Institucionais, José Chironga para os Assuntos Políticos e João Machatine, antigo Ministro das Obras Públicas, que chefiará o recém-criado Gabinete de Reformas e Projetos Estratégicos.
Os assessores nomeados por Chapo juntam-se a Adilson Virgílio Adinane, que assume o cargo de Adido de Imprensa, e Laura Machava, nomeada para dirigir o Gabinete da Esposa do Presidente da República.
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As recentes nomeações reforçam a imagem de um governo que busca consolidar alianças internas e reestruturar a máquina estatal conforme os interesses do novo chefe de Estado.
Entretanto, a recriação de órgãos extintos e o regresso de figuras veteranas podem reacender debates sobre a renovação política e os desafios da nova governação. Continua LER mais Conteúdos... [AQU1]
