
Presidente da República de Moçambique justifica preço do cimento e gera controvérsia
Lugela,
Zambézia – O
Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, fez declarações polémicas
sobre a proposta de redução do preço do cimento, argumentando que tal medida
poderia prejudicar o comércio e levar à escassez do material em algumas
regiões.
Durante a inauguração de uma escola em Lugela, Chapo afirmou que a imposição de um preço de 300 meticais por saco de cimento poderia desmotivar os revendedores, que compram o produto a preços mais elevados em outras regiões e precisam garantir algum lucro.
"Se o vendedor compra lá por 400 para revender a 500 e alguém diz que tem que vender a 300, ele deixará de fazer negócio", declarou o Presidente. ASSISTE O VIDEO 👇
As palavras de Chapo foram recebidas com críticas, sobretudo em um contexto de aumento da pobreza em Moçambique. Segundo dados recentes, a população vivendo abaixo da linha da pobreza subiu de 46,1% em 2015 para mais de 65% actualmente, tornando ainda mais difícil o acesso a bens essenciais, incluindo materiais de construção.
O discurso do Presidente levanta questões sobre as prioridades do governo e a falta de medidas eficazes para tornar o cimento mais acessível à população. Para muitos moçambicanos, a alta nos preços inviabiliza a construção de moradias, agravando o déficit habitacional e o sofrimento da população mais carente.
O aumento do custo de vida, aliado à crise económica, faz com que a indignação cresça, especialmente entre os jovens que sonham com a casa própria. Enquanto o governo justifica os preços elevados pela necessidade de manter a actividade comercial, críticos argumentam que a verdadeira preocupação deveria ser a acessibilidade dos produtos essenciais à população.
O debate sobre o preço do cimento continua, e a questão que fica é: até quando a população suportará esse fardo sem uma intervenção governamental que realmente favoreça os consumidores?
📰 Fonte: Esta informação foi extraída de um vídeo publicado em O Anfitrião TC e transcrita pelo Jornal Ao Minuto.
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