Cinco membros da mesma família morrem asfixiados por monóxido de carbono

Cinco membros da mesma família morrem asfixiados por monóxido de carbono

Tragédia na Beira: Cinco membros da mesma família morrem asfixiados por monóxido de carbono

Cinco pessoas da mesma família, com idades entre sete e 22 anos, morreram na madrugada desta quarta-feira (27) no bairro da Manga-Mascarenha, cidade da Beira, após inalarem monóxido de carbono de um gerador de energia elétrica que estava em funcionamento dentro da residência.

O casal e o filho mais novo, que sobreviveram, encontram-se internados no Hospital Central da Beira (HCB) sob cuidados médicos, mas fora de perigo.

Uso do gerador dentro de casa causou intoxicação

Domingos Djambo, pai de três das vítimas, relatou que o corte de energia aconteceu por volta das 20h, momento em que pediu aos filhos que ligassem o gerador.

"Depois do jantar, fui dormir. Provavelmente, com receio de que o gerador fosse roubado durante a noite, os meus filhos e dois sobrinhos decidiram levá-lo para dentro de casa", contou Djambo, ainda hospitalizado.

No meio da noite, a esposa começou a sentir-se mal e percebeu que as crianças estavam inertes.

"Também comecei a ter um mal-estar. Pedimos socorro aos vizinhos, que nos ajudaram a tirar as crianças e levá-las ao hospital", lamentou.

Autoridades alertam para os perigos da intoxicação

O diretor-geral do HCB, Nelson Mucopo, confirmou a entrada de dois adultos e uma criança com sinais de intoxicação por monóxido de carbono.

"Infelizmente, registamos cinco óbitos. Eles inalaram um gás tóxico e morreram por falta de oxigênio. Não se pode ter fogões a carvão, geradores ou lenha acesa em espaços fechados", alertou Mucopo.

O governador da província de Sofala, Lourenço Bulha, esteve no hospital para prestar solidariedade à família e reforçou o apelo para o uso seguro de equipamentos de combustão.

"Temos que ter mais cuidado. Um gerador não deve funcionar dentro de casa porque o fumo intoxica. Hoje perdemos cinco crianças por isso. É uma tragédia lamentável", disse Bulha.

Fonte: Jornal Notícias

Foto: Jornal Notícias

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