.jpg)
Carro da Primeira-Ministra Escapa por Pouco e FRELIMO Pede Fim das Manifestações
A Primeira-Ministra de Moçambique Maria Benvinda Levy, passou por momentos de grande tensão ao ser forçada a dar marcha ré e voltar de onde vinha, depois de uma população bloquear a sua passagem durante uma manifestação.
O incidente, que reflete o crescente descontentamento social, foi relatado em um vídeo publicado no canal do YouTube de Isaltino Matlasse e transcrito pelo Jornal Ao Minuto.
No vídeo, é possível ouvir o clamor dos manifestantes, que, revoltados, não permitiram que a governante seguisse sua trajetória. "O Primeiro-Ministro sai sozinho, e quando vem para cá acontece isto. Assista ao vídeo abaixo👇para mais detalhes!
O que é que eu estou a fazer aqui? Só podem estar a brincar com a gente", comentou um cidadão presente no protesto, refletindo a frustração generalizada.
FRELIMO PEDE O FIM DAS MANIFESTAÇÕES
Diante da onda de protestos, o partido FRELIMO, através do seu porta-voz, Inocêncio Impissa , apelou ao fim das manifestações, argumentando que estas só agravaram a crise econômica do país.
"Mesmo que estivéssemos a fazer um grande trabalho para melhorar a vida do povo moçambicano, essas melhorias não serão sentidas enquanto as manifestações continuamem.
Paralisar estradas, cortar energia e interromper o funcionamento das escolas não vai resolver o problema do custo de vida", afirmou Impissa.
Segundo ele, a escassez de produtos essenciais nas lojas e armazéns levou a um aumento especulativo dos preços, tornando a vida ainda mais difícil.
"A questão é: como é possível reduzir o preço de um produto que não existe?", questionou o porta-voz.
GAZA, O NOVO EPICENTRO DOS PROTESTOS
Curiosamente, Gaza, historicamente como um bastião da FRELIMO, tem se tornado um dos principais focos de manifestação.
A população, cansada das promessas não cumpridas, tomou iniciativas próprias, desviando caminhões de areia e pedra para tentar melhorar as estradas e até forçando a utilização de máquinas de estaleiro para reparar vias de acesso a hospitais.
“O governo não faz nada, então o povo resolve trabalhar por conta própria”, declarou um manifestante, destacando a força e a resiliência popular diante da ausência do Estado.
POLÍCIA ACUSADA DE REPRESSÃO E AMEAÇAS
A atuação da polícia nos protestos também gerou polêmica, com denúncias de que muitos agentes ingressaram na corporação por meio de suborno, criando um ambiente onde o compromisso com a segurança pública é secundário.
"Os jovens que realmente queriam ser policiais, que têm formação em artes marciais e porte físico adequado, estão em casa porque não conseguiram pagar para entrar. Quem veste o uniforme hoje é quem pagou 100.000 meticais", denunciou um ativista no vídeo.
Além disso, há relatos preocupantes de ameaças contra manifestantes e jornalistas que cobrem os protestos.
"A polícia sabe que minha vida está em risco, mas em vez de me proteger, dizem para eu fugir. Qual é afinal o trabalho da polícia?", questionou um dos alvos das intimidações.
O FUTURO DAS MANIFESTAÇÕES EM MOÇAMBIQUE
Apesar da repressão policial e dos apelos da FRELIMO, os manifestantes continuam a exigir mudanças concretas no país.
O episódio ocorrido na Primeira-Ministra apenas reforça o descontentamento generalizado, e a tensão social segue em alta.
Assista ao vídeo acima para mais detalhes!