
Quase um ano após a sua apresentação na COP28, a Estratégia Nacional de Transição Energética (ENTE) de Moçambique continua sem progressos notáveis na sua implementação.
Apesar de ter sido considerada um marco importante para a sustentabilidade ambiental e transformação do setor energético, o plano permanece engavetado, sem medidas concretas aplicadas.
A realidade do acesso à energia em Moçambique
A ENTE foi desenhada para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ampliar o acesso à energia e fortalecer a matriz energética do país. Entretanto, os desafios permanecem, com quase metade da população ainda sem acesso à eletricidade.
Segundo um inquérito do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), 49,9% dos agregados familiares moçambicanos continuam sem energia elétrica, dificultando o desenvolvimento social e económico.
Falta de implementação e desafios estruturais
A falta de avanços na implementação da estratégia levanta preocupações sobre a capacidade do Governo em cumprir os compromissos assumidos internacionalmente. Especialistas apontam para a falta de investimentos, políticas eficazes e vontade política como alguns dos fatores que travam o progresso da transição energética.
A sociedade civil e organizações ambientais cobram medidas concretas para acelerar a implementação do plano, garantindo um futuro energético sustentável e inclusivo para Moçambique.