Advogados Pedem Processos Contra Policiais Após Alegada Tortura de Jovens em Maputo

Advogados Pedem Processos Contra Policiais Após Alegada Tortura de Jovens em Maputo

Advogados Pedem Processos Contra Policiais Após Alegada Tortura de Jovens em Maputo

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) solicitou hoje processos criminais e disciplinares contra membros da polícia, após acusações de tortura contra dois jovens detidos sob suspeita de crimes de instigação pública, incitamento à desobediência e associação criminosa.

A OAM exige a responsabilização dos agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) envolvidos no caso, alertando para a necessidade de combater práticas ilegais como detenções e prisões arbitrárias, violência policial e tortura no contexto de investigações criminais. 

O comunicado da Ordem enfatiza que tais práticas devem ser banidas e punidas exemplarmente.

O caso em questão envolve dois indivíduos apresentados à imprensa em 31 de janeiro, acusados de administrar a página "Unay Cambuma" no Facebook. 

A página ganhou notoriedade por divulgar informações sobre supostas baixas nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) durante ataques atribuídos a terroristas em Cabo Delgado e, mais recentemente, denúncias de corrupção envolvendo líderes de instituições públicas e privadas.

Segundo os advogados, a polícia violou o princípio da presunção de inocência ao expor os detidos à mídia, sendo que um dos jovens estava em estado crítico, com graves lesões, incluindo danos nos genitais, após sofrer agressões físicas. O detido foi levado ao hospital dois dias depois de ser torturado.

A OAM criticou ainda a atuação da polícia, afirmando que a detenção ilegal dos jovens compromete a confiança nas instituições do Estado e ameaça a estabilidade social. 

"A polícia deve ser um exemplo de respeito à vida e à dignidade humana. No entanto, tem agido com impunidade, exacerbando a violência contra cidadãos", destacou a Ordem.

O comunicado também condena a violência excessiva por parte da polícia durante as manifestações pós-eleitorais, destacando que a força utilizada tem gerado um clima de insegurança na população. 

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Moçambique vive um período de intensos protestos e manifestações, principalmente devido ao desacordo de Venâncio Mondlane com os resultados eleitorais. 

A violência policial em confrontos com manifestantes resultou em pelo menos 315 mortes e 750 feridos, conforme a plataforma Decide. Continua LER mais Conteúdos... [AQU1]

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