Venâncio Mondlane afirma não se sentir derrotado pela FRELIMO e critica práticas históricas do partido

Venâncio Mondlane afirma não se sentir derrotado pela FRELIMO e critica práticas históricas do partido

Venâncio Mondlane rejeita derrota e acusa FRELIMO de fraude eleitoral desde 1995

Em entrevista à DW Português para África, Venâncio Mondlane, ex-candidato à Presidência da República de Moçambique, afirmou que não se sente derrotado pela FRELIMO.

Segundo ele, vencer por meio de fraude, manipulação de resultados e uso da força não faz parte da democracia, demonstrando o medo do partido governante em enfrentar uma concorrência justa. 

Mondlane acusou o regime de “fingir” vencer eleições desde 1995, destacando que as missões de observação continuam questionando a veracidade dos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e pelo Conselho Constitucional (CC).  

Mondlane criticou a ausência de líderes africanos na posse de Daniel Chapo como Presidente da República, considerando um sinal de descrédito. 

Ele reiterou que sua luta é para "abrir a mente dos moçambicanos" e mostrar que o país tem riquezas e oportunidades que precisam ser resgatadas das mãos dos "opressores".  

O político também questionou a recente nomeação de juízes para o Tribunal Administrativo por Chapo, afirmando que o atual presidente carece de legitimidade para tomar tais decisões. 

Ele classificou Chapo como um "presidente forçado" pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR), referindo-se à repressão policial contra manifestantes.  

Sobre um possível diálogo com o governo, Mondlane disse duvidar da sinceridade de Chapo, afirmando que suas palavras não refletem suas verdadeiras intenções. 

Ele defende como condições para o diálogo o fim da repressão policial, a libertação de manifestantes detidos arbitrariamente, assistência médica às vítimas da violência e indemnizações às famílias afetadas.  

Descrição de Pesquisa:

Venâncio Mondlane rejeita derrota e acusa FRELIMO de fraude eleitoral desde 1995, exigindo mudanças e condenando repressão policial.

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