
Procurador Especial: "Trump teria sido condenado se não tivesse sido eleito
Um relatório explosivo do procurador
especial Jack Smith, divulgado nesta terça-feira, afirma que Donald Trump teria
enfrentado uma condenação por sua tentativa de anular os resultados das
eleições presidenciais de 2020 caso não tivesse vencido as eleições do ano
passado.
O documento, de 137 páginas, detalha o
que Smith classifica como "esforços criminosos para manter o
poder".
Trump, que venceu as eleições de Novembro
de 2024 e retomará a presidência dos Estados Unidos em 20 de Janeiro, reagiu às
conclusões chamando Smith de "perturbado" e acusando-o de ser parte
de uma conspiração política liderada pelo atual presidente Joe Biden.
O relatório afirma que Trump
pressionou autoridades estaduais e líderes republicanos a "alterar os
resultados" das eleições de 2020, utilizando falsas alegações de fraude
eleitoral.
Além disso, destaca que o
ex-presidente e seus aliados planejaram a emissão de "certificados
fraudulentos" em sete estados onde Trump havia perdido.
"Se não fosse pela eleição do
senhor Trump e seu retorno iminente à presidência, o gabinete do procurador
especial acredita que as provas seriam suficientes para obter e sustentar uma
condenação no julgamento", aponta o relatório.
Jack Smith também negou
categoricamente qualquer interferência política em suas investigações.
"A alegação do senhor Trump de
que minhas decisões foram influenciadas por atores políticos é, numa palavra,
risível", escreveu Smith em uma carta que acompanha o documento.
Donald Trump utilizou sua plataforma,
a Truth Social, para criticar duramente o procurador especial. "O
perturbado Jack Smith não conseguiu processar o adversário político do seu
'chefe', o corrupto Joe Biden.
Agora ele publica mais um relatório baseado em informações que foram ilegalmente apagadas porque mostravam que eu era totalmente inocente", escreveu o presidente eleito.
Trump também sugeriu que a divulgação
do relatório na madrugada desta terça-feira é prova do desespero de Smith.
Jack Smith foi nomeado em 2022 para
supervisionar as investigações contra Trump, incluindo a tentativa de anular os
resultados de 2020 e o caso de retenção de documentos confidenciais após sua
saída da Casa Branca.
No entanto, devido às regras do Departamento de Justiça dos EUA, processos criminais contra um presidente em exercício são proibidos, forçando o encerramento das investigações após a vitória de Trump nas últimas eleições.
Smith anunciou sua demissão na
sexta-feira, apenas três dias depois de entregar o relatório ao
procurador-geral Merrick Garland. Apesar disso, o documento foi enviado ao
Congresso na madrugada desta terça-feira, após a juíza Aileen Cannon autorizar
sua divulgação.
A segunda parte do relatório, que
aborda o caso dos documentos confidenciais, permanece sob sigilo enquanto os
procedimentos legais continuam contra dois associados de Trump. Uma audiência
está marcada para o próximo fim de semana, onde será decidido se esta parte
será divulgada.
Donald Trump voltará à Casa Branca no
próximo dia 20 como o primeiro presidente dos EUA a ser condenado em um
processo criminal durante sua trajetória política. Apesar disso, ele continua a
rejeitar as acusações, classificando-as como "perseguição
política".
Um relatório detalhado
Trump ataca Smith
Agora ele publica mais um relatório baseado em informações que foram ilegalmente apagadas porque mostravam que eu era totalmente inocente", escreveu o presidente eleito.
Investigação interrompida
No entanto, devido às regras do Departamento de Justiça dos EUA, processos criminais contra um presidente em exercício são proibidos, forçando o encerramento das investigações após a vitória de Trump nas últimas eleições.
Um marco histórico
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