Declaração de bens "é de lei e ninguém está isento", afirmam Analistas
A sociedade
civil moçambicana exige que o Presidente da República, Daniel Chapo, declare
publicamente os seus bens, argumentando que a transparência patrimonial é
essencial para combater a corrupção no país.
O Centro
para Democracia e Desenvolvimento (CDD) defende que a divulgação dos bens dos
políticos permite um melhor controlo sobre o enriquecimento ilícito.
Segundo
André Mulungo, representante do CDD, a experiência moçambicana mostra que
muitos políticos entram nos cargos públicos com um certo nível patrimonial e
saem com uma fortuna multiplicada.
Ele cita o
exemplo da família do ex-presidente Filipe Nyusi, que viu o número de empresas
aumentar durante o seu mandato.
VEJA TAMBÉM:
Mulungo
considera que Daniel Chapo deve aproveitar a sua reputação sem histórico de
corrupção para promover uma governação transparente.
“É importante que o Presidente Chapo quebre o
ciclo de suspeitas e torne pública a sua declaração de bens, assim como a dos
seus ministros e secretários de Estado”, afirmou.
O analista e
jurista Jamilo Antumane Atibo lembra que a declaração de bens é um dever legal
e que ninguém está isento, incluindo o próprio chefe de Estado. Ele ressalta
que um verdadeiro líder deve ser exemplo para a nação.
Apesar do
compromisso declarado de Chapo em combater a corrupção, há cepticismo em
relação à sua real capacidade de enfrentar o problema.
VEJA TAMBÉM:
Mulungo
aponta que, como secretário-geral da FRELIMO, Chapo emergiu de um processo
eleitoral interno marcado por suspeitas de irregularidades, o que levanta
dúvidas sobre sua firmeza na luta contra a corrupção.
Especialistas alertam que o combate à corrupção exige uma profunda reforma institucional, incluindo uma clara separação de poderes. (DW) – Continua a LER mais Conteúdos… [AQUI]