Nyusi Apela à Preservação de Hospitais: "Não São da Renamo Nem da Frelimo"
O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou, na última
terça-feira, para que os moçambicanos preservem os hospitais, enfatizando que
as unidades de saúde são patrimónios públicos e essenciais para o bem-estar da
população.
"Estes hospitais não são da Renamo, não são da Frelimo,
são dos moçambicanos", declarou durante a inauguração do Hospital
Distrital de Sussundenga, na província de Manica, no âmbito do programa
presidencial “Um Distrito, Um Hospital”.
O apelo surge em um momento de crescentes tensões no país,
marcadas por protestos contra os resultados eleitorais, que têm levado à
vandalização de edifícios públicos. Nyusi reforçou a necessidade de proteger as
conquistas do país, como os profissionais de saúde.
"Em Mogovolas, na província de Nampula, estão a
perseguir médicos, incluindo estrangeiros. Foram queimar centros hospitalares
porque acreditavam que os médicos estavam a trazer cólera. Não queremos estas
coisas", advertiu.
Desde 2019, Moçambique perdeu pelo menos 472 unidades
sanitárias devido a eventos climáticos extremos e 32 em consequência de ataques
terroristas em Cabo Delgado.
Apesar dos desafios, o país melhorou o acesso à saúde,
reduzindo a distância média percorrida até uma unidade de saúde nas zonas
rurais de 12 para 10 km, e aumentando a cobertura hospitalar directa para 4,4
milhões de pessoas.
Enquanto a contestação aos resultados eleitorais liderada
por Venâncio Mondlane continua, resultando em mortes e destruição, Nyusi apelou
à união para proteger os avanços alcançados, especialmente no sector de saúde. Continue lendo mais conteudos [AQUI]