
Nomeação do novo PCA da LAM levanta suspeitas de “rodízio” entre aliados do IGEPE
A recente nomeação de Marcelino Gildo Alberto como Presidente do Conselho de Administração (PCA) das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) levanta suspeitas de um possível “rodízio” entre um grupo de aliados ligados ao Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE).
A sua eleição, ocorrida na quarta-feira durante a Assembleia Geral da empresa, acontece poucos meses após a sua exoneração do mesmo cargo pelo Conselho de Ministros, em julho de 2024.
A decisão surge num contexto delicado, uma vez que o novo governo liderado por Daniel Chapo ainda está em fase de estruturação.
Além disso, o atual Conselho de Administração do IGEPE encontra-se com o mandato expirado desde o segundo semestre de 2024, levantando dúvidas sobre a legitimidade da nomeação de Marcelino Gildo Alberto para uma empresa estratégica no setor do transporte aéreo.
Outro fator preocupante é o recente escândalo financeiro envolvendo a LAM, que gastou 59 milhões de meticais no aluguer de um avião cargueiro que nunca chegou a operar, com aval do IGEPE e do ex-ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala.
As decisões controversas do IGEPE na gestão da LAM remontam há décadas, passando por administrações anteriores lideradas por Carlos Jeque e Teodoro Waty.
A contratação da Fly Modern Ark (FMA) para gerir a companhia aérea também é apontada como uma medida de caráter duvidoso, tomada sob a gestão de Ana Coanai.
Descrição de Pesquisa:
Nomeação do novo PCA da LAM gera suspeitas de “rodízio” entre aliados do IGEPE em meio a escândalos financeiros e incertezas políticas.