
Dona Venilda exige afastamento de agentes da UIR e indenização após agressão violenta
Dona Venilda, a mulher que ficou conhecida nacionalmente após um vídeo viral nas redes sociais, no qual é brutalmente espancada por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), exige que os responsáveis sejam afastados da função pública e pede indenização pelos danos sofridos.
A agressão ocorreu no dia da posse do Daniel Chapo, presidente eleito de Moçambique, em meio de fraude e protestos contra as eleições de 9 de outubro de 2024.
Venilda fazia parte de um grupo de que protestava contra a fraude eleitoral que favoreceu o Chapo, candidato do Partido FRELIMO.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Conselho Constitucional (CC) declararam a vitória do partido governista mesmo sendo fraude e manifestantes alegam que o verdadeiro vencedor seria Venâncio Mondlane, suportado pelo partido PODEMOS, popularmente conhecido como VM7.
As manifestações já duram cerca de três meses e refletem a indignação de milhares de moçambicanos que afirmam terem votado no partido PODEMOS.
No programa de televisão da Tua TV, apresentado por Fred Jossias, Dona Venilda relatou os momentos de violência que sofreu e reforçou seu apelo por justiça.
Em solidariedade, a população organizou uma campanha de arrecadação para ajudá-la, que resultou em uma doação de mais de 42 mil meticais.
Este gesto de apoio popular reforça o impacto do caso e a crescente pressão social por mudanças políticas e pela responsabilização dos agentes da UIR. (Jornal Ao Minuto)