
Moçambicanos na diáspora condenam violência policial em protestos pós-eleitorais
O Movimento da Sociedade Civil dos Moçambicanos na Diáspora manifestou-se, em nota dirigida ao Ministro do Interior, Paulo Chachine, contra o uso excessivo de força pelas forças policiais em Moçambique.
A denúncia destaca a atuação da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) durante manifestações que contestavam os resultados das eleições gerais de 9 de outubro de 2024.
A nota, a que a “Carta” teve acesso, repudia a "violência física" e o "uso desproporcional da força" contra cidadãos indefesos, considerando que essas ações violam os direitos humanos e os princípios democráticos.
“A atuação violenta das forças policiais mina a confiança nos órgãos públicos e enfraquece a coesão social e a liberdade de expressão”, destaca o comunicado.
O movimento condena a repressão policial durante o anúncio dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e pelo Conselho Constitucional, bem como nos dias de posse dos deputados e do Presidente da República, a 13 e 15 de janeiro.
Segundo a nota, agentes da UIR teriam agido de forma indiscriminada, reprimindo protestos legítimos e exacerbando um clima de medo e insegurança.
Apelo à reforma policial
O movimento exige reformas urgentes nas instituições de segurança, com formação adequada e mecanismos de responsabilização para conter atos de violência policial.
“Sugerimos medidas efetivas para coibir abusos, promover uma abordagem mais humanizada e proteger os direitos dos cidadãos”, diz o texto.
A violência policial tornou-se um desafio para o recém-nomeado ministro do Interior, Paulo Chachine, que substituiu Pascoal Ronda. Desde o início dos protestos, mais de 300 pessoas, em sua maioria civis, perderam a vida.
O movimento adverte que a repressão policial não resolve os problemas sociais do país, mas perpetua ciclos de violência, especialmente entre as comunidades mais vulneráveis. (CartaMz)
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Moçambicanos na diáspora denunciam violência policial durante protestos pós-eleitorais e apelam à reforma nas forças de segurança.