Paulo Sassini defende uso proporcional da força e responsabilização de agentes, caso necessário
O ministro do Interior de Moçambique, Paulo Sassini, afirmou que serão apuradas as circunstâncias das mortes ocorridas durante as manifestações pós-eleitorais, atribuídas a agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR).
O governante garantiu que, caso se comprove o uso desproporcional da força, haverá responsabilização dos envolvidos.
Sassini reforçou que não tolerará abusos por parte das forças de segurança e destacou a importância de preservar o bom nome da corporação.
“Precisamos avaliar em que contexto essas mortes ocorreram e se houve excessos no uso da força. Tudo o que estiver errado será corrigido. Nosso objetivo é garantir que a população confie no nosso trabalho”, afirmou.
O ministro sublinhou ainda que a atuação policial deve estar alinhada com princípios de proporcionalidade e respeito aos direitos humanos.
"A morte de cidadãos indefesos não pode ser ignorada. Um policial também é um cidadão, pode ser pai, mãe ou filho de alguém. Essas questões devem preocupar toda a sociedade, inclusive os agentes da PRM”, completou.
Além disso, Sassini pediu o apoio da população para promover um diálogo pacífico e educar os agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM). Segundo ele, é necessário evitar um ciclo de violência, substituindo agressões por medidas pedagógicas.
"Nossos comandos, esquadras e até mesmo meu gabinete estão abertos para receber contribuições que possam aprimorar a atuação da polícia e evitar abusos”, frisou.
Questionado sobre o aumento de casos de raptos e acidentes de viação, o ministro garantiu que o governo está empenhado em reduzir seus impactos. "Os acidentes de trânsito têm causado luto em muitas famílias e danos a bens públicos e privados.
Já os raptos afetam não apenas a segurança, mas também a economia nacional. Precisamos do envolvimento de toda a sociedade para combater esses crimes”, concluiu.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (22) durante a apresentação oficial de Paulo Sassini aos agentes da PRM na cidade de Maputo. O ministro reiterou o compromisso de reforçar a segurança e a confiança da população nas forças de segurança.