Junta militar da Guiné-Conacri ordena suspensão de partidos ilegais e exige autorização para o exercício político
Conacri, 9
de Janeiro de 2025 – A junta militar no poder na Guiné-Conacri
emitiu um decreto exigindo a suspensão imediata de todos os movimentos
políticos que não possuam autorização administrativa prévia para operar no
país.
A medida visa organizar o cenário político do país e foi tomada após o
crescente número de partidos ilegais.
Os partidos ou movimentos políticos que não cumprirem com essa exigência
terão que solicitar autorização formal ao Ministro da Administração Territorial
e Descentralização para retomar suas actividades.
Esta acção segue uma declaração do porta-voz da junta, que afirmou que 2025
será um ano decisivo para o país, com planos para adoptar uma nova Constituição
em maio e realizar eleições presidenciais e legislativas até o final do
ano.
Contexto Político e Reacções da Oposição
A decisão ocorre em meio a protestos da oposição, que exige a saída da
junta militar e denuncia um crescente autoritarismo no exercício do poder.
Desde o golpe de Estado em Setembro de 2021, que depôs o governo anterior,
o país é governado por uma junta militar, que justificou a tomada de poder pela
grave crise política, económica e social vivida na Guiné-Conacri.
A junta acusa a instrumentalização da justiça e a politização da
administração pública como factores que contribuíram para a instabilidade e
pobreza no país, culminando na intervenção militar.
O futuro político da Guiné-Conacri permanece incerto, com a junta militar
afirmando que tomará as medidas necessárias para estabelecer um governo
democrático e restaurar a ordem no país. Continuelendo mais conteúdos [AQUI]