Filipe Nyusi nomeia-se embaixador de Cuba em meio a acusações de estratégia de fuga
Maputo – O ex-presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, causou polêmica ao nomear-se como embaixador de Cuba, levantando suspeitas de que a medida seria uma estratégia para fugir de possíveis processos judiciais.
O país caribenho, conhecido por não ter acordos de extradição com os Estados Unidos e o Reino Unido, teria se tornado um refúgio estratégico para o ex-mandatário e sua família.
Críticos apontam que a decisão de Nyusi revela uma tentativa de escapar de investigações e acusações de corrupção que vêm assombrando seu governo.
Nyusi! Nomear-se embaixador de Cuba para se esconder", comentou um observador político. A indignação popular reflete-se nas críticas à Frelimo, o partido no poder, acusado de usar estratégias para perpetuar privilégios e proteger líderes envolvidos em escândalos.
A nomeação também foi vista como uma afronta, considerando que Eliseu Machava, ex-governador de Cabo Delgado e ex-secretário-geral da Frelimo, já ocupava o cargo de embaixador em Cuba.
Sua gestão vinha sendo elogiada,
e a troca inesperada causou surpresa e descontentamento entre aliados. Machava
foi enviado a Cuba pelo próprio Nyusi durante seu mandato presidencial, mas
agora parece ter sido retirado do posto para abrir espaço para o ex-presidente.
Em discurso recente, o actual
presidente Samora Machel Júnior, apelidado de “Chapo”, prometeu um combate
rigoroso à corrupção, mas críticos alegam que a aprovação de medidas como essa
enfraquece a credibilidade do governo.
O movimento de Nyusi reforça o
crescente descontentamento popular com a Frelimo, com cidadãos exigindo
transparência e mudanças estruturais no partido.
A escolha de Cuba, país sem acordos de extradição, intensifica as especulações de que o ex-presidente busca imunidade para evitar responsabilização por suas acções no poder. Continue LER mais conteudos... [AQUI]
