Ex-primeira-dama de Cabo Verde critica discurso de posse de Daniel Chapo por falta de compromissos estruturais
A ex-primeira-dama de Cabo Verde, Lígia Dias Fonseca, manifestou duras críticas ao discurso de posse de Daniel Chapo, empossado no último dia 15 de janeiro como o quinto presidente da República de Moçambique.
Para Fonseca, a mensagem apresentada por Chapo não incluiu compromissos concretos com mudanças estruturais nem soluções para a crise econômica e social que atinge o país.
Em declarações recentes, Fonseca demonstrou preocupação com a continuidade de práticas que, segundo ela, aprofundam a desigualdade e ignoram as demandas populares.
"Nada acontece em Moçambique que nos faça conseguir ter alguma esperança num futuro próximo", afirmou.
A ex-primeira-dama também apontou que o discurso de Chapo reflete a manutenção de um “regime de favorecimento e bem-estar de uns poucos à custa do contínuo empobrecimento do povo”.
A crítica surge em um momento delicado para Moçambique, que enfrenta desafios como o aumento da pobreza, o impacto de conflitos internos e os efeitos de crises econômicas globais.
Lígia Dias Fonseca, conhecida por seu ativismo e defesa de políticas sociais inclusivas, reforçou a necessidade de uma agenda política voltada para resolver desigualdades históricas.
Até o momento, o governo de Chapo não se pronunciou oficialmente sobre os comentários da ex-primeira-dama.
No entanto, especialistas avaliam que a pressão pública pode levar a ajustes na abordagem política do novo presidente, que prometeu em campanha ser um "líder de todos os moçambicanos".
