Estudante da UJC Reclama das Altas Propinas e Multas Excessivas: "É um Atentado aos Nossos Sonhos"
Mano Clemente, estudante da Universidade Joaquim Chissano (UJC), manifestou sua insatisfação com as altas taxas de propinas e as multas impostas pela instituição, especialmente no curso noturno.
Em um desabafo, ele explica que, devido às barreiras financeiras, muitos estudantes como ele enfrentam grandes dificuldades para arcar com os custos.
Clemente denuncia que, enquanto na Universidade São Tomás de Moçambique (USTM) as propinas giram em torno de 4.500 a 5.000 meticais, na UJC o valor é o mesmo, mas as penalidades por atraso são exorbitantes.
De acordo com o estudante, enquanto outras universidades e institutos privados estabelecem um limite de pagamento até o dia 10 de cada mês, com multas de até 100%, na UJC o último dia para o pagamento é até o dia 5, e a multa de 100% leva o valor da propina de 4.500 para 9.000 meticais ou de 5.000 para 10.000 meticais.
Clemente destaca a difícil realidade de muitos alunos que não têm emprego e dependem de seus pais, que possuem formação até o ensino médio, para garantir o seu sustento.
Ele denuncia que a imposição de tais multas e os altos custos das mensalidades tornam os sonhos acadêmicos cada vez mais difíceis de alcançar, especialmente para os estudantes do curso noturno, que optam por essa modalidade por não terem condições para custear a educação diurna.
Por fim, Clemente faz um apelo para que a UJC revise as suas políticas, sugerindo que as multas não ultrapassem 50% e que o prazo para o pagamento das propinas seja estendido até o dia 10 de cada mês.