Em Quanto Daniel Chapo Promete Reformas, mas Repressão Policial Sufoca Esperança de Mudança
Durante seu discurso de posse, Daniel Chapo emocionou o país ao pedir um minuto de silêncio pelas vítimas das manifestações e ao reafirmar seu compromisso com a proteção dos direitos humanos.
Entretanto, enquanto suas palavras ressoavam no parlamento, relatos de novas repressões violentas tomaram as ruas, colocando em xeque a promessa de um novo início para Moçambique.
Testemunhas relataram o uso de gás lacrimogéneo e munições contra manifestantes pacíficos, mantendo vivo um ciclo de violência que, nos últimos meses, já fez cerca de 400 vítimas.
Mesmo com o apelo por uma reforma ampla das forças de segurança, o comportamento da polícia segue desafiando a visão de justiça e respeito aos direitos humanos apresentada pelo novo Presidente.
Chapo anunciou medidas para reformar a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), incluindo a criação de um Serviço de Assuntos Internos supervisionado por civis.
Ele também prometeu mais recursos e capacitação para agentes de segurança. "Vamos construir instituições mais fortes, éticas e humanas”, declarou.
No entanto, as ações violentas observadas hoje lançam dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar uma polícia que, segundo muitos, continua a aterrorizar os cidadãos ao invés de protegê-los.
“Cada moçambicano será o maior fiscal deste país”, disse Chapo, encerrando o discurso com um apelo ao patriotismo e à união nacional.
Mas, para muitos que enfrentaram a repressão nas ruas, o caminho para a mudança ainda parece distante. Siga a Jornal Ao Minuto para mais actualizações sobre este e outros casos. Continue lendo mais conteúdos [AQUI]